Clara Machado | Trote Cultural
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Trote Cultural

Quando se estuda o terceiro ano, os alunos estão cheios de esperança de ingressarem em uma universidade e quando entram vão para o primeiro dia com muitas esperanças, com o apoio da família. É um grande dia, um dia de festa para o calouro que esta conquistando mais um degrau em sua vida e, para os familiares que estão vendo seu filho(a) realizando seus sonhos.

Todos pensam que seu primeiro dia de aula, vai ser um dia de muitas alegrias, novos amigos, faculdade, outro ritmo. As vezes há mudança de cidade ou de estado e quando vão para esse primeiro dia se deparam com o trote cultural.

Trote que deveria ser um momento de integração entre calouros e veteranos, pois os donos da casa recebem os novos integrantes. Aí esse momento que deveria ser de evolução entre os jovens, se torna um momento de desespero e de desrespeito com a vida humana, pois vemos pessoas sendo queimadas, amarradas, espancadas, embriagadas e humilhadas.

As universidades dizem que não podem se responsabilizar, porque tudo isso ocorre na rua, ou seja, em frente a universidade, do outro lado da rua, ou na esquina.

Ai eu pergunto:

Que tipo de acadêmicos essas universidades estão formando?

Que tipo de cidadãos nós esperamos que saiam de lá, se não temos o menor respeito pelo outro?

Até quando vamos ficar em silêncio vendo nosso jovens serem maltratados pelos trotes culturais?

Será que só vamos acordar quando um filho passar por tamanha humilhação?

Penso que é hora de nos organizarmos enquanto sociedade e não permitir mais que as universidades fiquem isentas dessas responsabilidades, pois a partir do momento que isso causar algum dano a elas com certezas elas terão mais responsabilidades e compromissos com os futuros profissionais que vão colocar no mercado, porque um acadêmico que humilha, que queima, que joga estrume de animal no seu colega, não tem o direito de ser um profissional para competir no mercado de trabalho.

Ele precisa sim, voltar para dentro de sua casa e aprender a respeitar o outro, voltar para seus pais e aprender noções de educação e respeito que com certeza ele ainda não assimilou na sua vida adulta e precisa ser punido severamente pela sua falta de respeito com o outro e pelo seu jeito indelicado de se relacionar no mundo.

Esta na hora de sairmos para fora e gritarmos por um mundo mais justo, mais humano e de mais respeito pelos nosso jovens que estão ingressando nas nossas universidades.

E agora leitor você esta convidado para fazer sua reflexão sobre esse tema. Que sempre será bem vinda. Aqui na coluna pois acredito que uma andorinha só não faz verão mais centenas delas com certeza.

E viva a delicadeza da vida!

Boa semana a todos.

Um abraço
Clara Machado

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